sábado, 27 de junho de 2009

Some

"Sensações inexatas
Onde o peito teima
Dói a alma
A dúvida em forma de calma

A culpa escorre pela cama
Suja meus lençóis amarrotados
Me embriaga com um doce fantasma
E me joga no vazio desse quarto

E o tempo já não mais parece
Entender o sentido das coisas
E o sentido de tudo se esquece
Nas letras frias desse cão sem nome"

Beijos e Boa Sorte

terça-feira, 16 de junho de 2009

Medo

"Mãos tremulas escrevem
Pedem por calma
Seus olhos, um pouco de seus olhos
A reconfortar minh'alma

Aos sons estranhos
A se confudir entre a gente
Fico a perceber seus olhos
Que raramente me percebem

E meu peito não se conteem
Se perde nesse vai e vem
Vou nesse caminho sem volta

E minha voz não sabe sair
Vem por textos me pedir
Um pouco de coragem milagrosa"

Beijos e Boa Sorte

domingo, 14 de junho de 2009

Vazio

"Seriam meros acasos
Num silencio vago
A espera de um sorriso
Que nunca apareceu

Se perdeu no tempo
No silencio entre os lábios
Nos versos desse encontro
Que nunca aconteceu

Seriam poucas lágrimas
Nessas horas intactas
Nesse vazio do meu eu

Onde perderam-se as Flores
Onde apagaram-se as Cores
De uma história que se esqueceu"

13:12 - 12/06/09

Beijos e Boa Sorte

sábado, 13 de junho de 2009

Lembrança

"As palavras se encontram
Nesses versos amarrados
O Sol bateu forte
E dissipou toda a neblina
Águas de chuvas vespertinas
Se escorrendo pelo asfalto
E o som dos dias perdidos
Retumba no peito
Estremece o medo
Onde hora havia dor
Onde o tempo se fez pavor
Não mais soa os versos negados
Não mais onde haver pecado
Esperança
De chover as minhas lágrimas
E secar os maus momentos"

(em um certo dia de inverno de 2008)

Beijos e Boa Sorte

quinta-feira, 11 de junho de 2009

Malte

"Ó noite pálida que se faz na melodia
Ó noite turva destas águas desalmadas
Ó noite férica que desfaz o que é vida
Escorre o tempo se sobrando empoeirada

Belas palavras a se perder por essas águas
Em goles calmos dançando com o gelo
O malte desce à garganta embriagada
Faz dos meus olhos reflexo desse mar vermelho"

(em um certo dia de primavera de 2008)

Beijos e Boa Sorte

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Versos tolos

"Queria ter palavras certas
Mesmo que tortas
Ou indiscretas
Jogá-las ao vento
Entre flores
E seus cabelos
Voar sem ter mais medo
Me dizer em poucos versos
Me ver dentro dos olhos
Que há tanto já não esqueço
Recitar em teu ouvido
Sussurrar em teu sorriso
Palavras doces de meu peito"

Beijos e Boa Sorte

Amigos

"Onde foi que nos fizeram
Tolos desse jeito sincero
A olhar por entre grades
E esquecer toda maldade

Onde foi que nos trouxeram
Esses versos sem sentido
Gritos de festas esquecidos
A ecoar sem piedade

A soar o som de vidros
A bater e derramar
A beber o gole doce
De se ter a quem amar

Vamos todos nesse grito
Que um dia há de ser perdido
Vamos longe meus amigos
Vamos brindar nossa amizade"

Beijos e Boa Sorte

Bobo da Corte

"Vieram as penas a pesar por entre os dedos
Dilacerar cada segundo dessa alma
Desesperar antes que o tempo seja cedo
Afogar teu coração nessa desgraça

Sufocar com medos tolos o teu peito
Por noites gélidas esconder tuas vontades
Beijar com vícios teu orgulho já desfeito
Embriagar-te em cenas fracas de coragem

Mostrar a todos as mentiras de teu ego
Roubar as glórias que criastes em tua mente
Pois não merece cada sorriso que ainda sente
Já não é mais o doce bobo que cantava"

Beijos e Boa Sorte